quinta-feira, 25 de março de 2010

Apresentando ,eu-social e a reciprocidade coletiva.

Costumo dizer que tenho duas facetas : Eu Jaqueline  e  eu-social ( cidadã, ativista, militante, política).
Hoje eu-social, resolvi voltar de ônibus após uma maratona cansativa de luta  estudantil contra a atual estrutura de transporte urbano da minha cidade.Como represento os estudantes, passei o dia em função deles, organizando e mobilizando as massas interessadas para uma reinvidicação pelos nossos direitos previstos por lei.Pois bem, entrei no ônibus, dei sorte e sentei em um banco perto da janela bem no fundo do ônibus, quando vejo um grupo de estudantes voltando da aula.Pensei comigo : "Vou dar o  nosso material, mobilizar eles, afinal o transporte é um interesse de todos nós''.Mal tive a idéia, os vejo riscando seus nomes com apelidos toscos como 'Pooh', destruindo o patrimônio público, e quando uma colega deles reclama algo como ''Isso é público,não faça isso', o guri prontamente responde ''Estou pagando por isso'.
E os outros?E os outros 99,9% da população que utiliza os coletivos que também pagam por isso?Será que eles cedem a parte que lhes dizem respeito para um rebelde sem causa  poder  destruir seus bens?
Enquanto alguns disponibilizam tempo,dinheiro e empenho ,enfrentando fome,noites sem dormir, horas dentro de ônibus viajando para cursos de formações,congressos,plenárias,ou mesmo aqueles que apenas se sentem atigindos e aderem ao movimento ,há outros que ao contrário tem tempo livre de sobra para reforçar a imagem que todos tem dos jovens : ''irresponsavéis'', vandalizando bens que nós lutamos para conseguir e que sabemos que é a nossa responsabilidade conservar,junto com a prefeitura, estado, país em si, como um todo.

''O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.'' Sartre.


domingo, 21 de março de 2010

Ándale!Ándale!

Há algo em morar na fronteira que as pessoas não sabem,não percebem além de preços baratos, pirataria e aglomeração de turistas e moto taxistas . Existem pessoas que vivem, sobrevivem ali!
É incrível como uma demarcação territorial pode mudar as pessoas,a maneira como falam, o jeito como agem, pensam, o tipo de lugar onde moram, o comodismo para o comodismo absoluto, as manias ,gírias, roupas [...] , não é só uma localização geográfica é o inicio da sede,do entender humano sobre a funcionalidade do psicológico de outros humanos.
Querer entender o porquê ao atravessar uma ponte as coisas podem parecer piores, o uso do capacete se tornam tão desnecessário,o sexo ser banalizado e vendido por pobres putas pela barganha de 1 real.Querer entender porque alguns tem tanto e outros ali tão perto, espremidos entre shoppings, grandes galerias comerciais e Hilux, kia’s,  bmw’s...tem tão pouco...
Assistir todos os dias não mais mensaloes,mas a desvalorização da vida,pessoas ao léu, desprovidas de qualquer tipo de assistência hospitalar, porque a morte é mais fácil do tentar salvar (-se)."Viver’’ em um lugar que ousam chamar de país mesmo a educação sendo pior que a brasileira,pasmem! (não que a nossa seja referencia), onde os valores conservadores se confundem com a ganância capitalista escancarada.
Crianças chorando de fome, vendendo pão e erva mate já não comovem mais a  expressão apática, os olhos chorosos de um povo já não convencem, as promessas politicas se tornaram tão indiferentes, e a esperança de melhoras?Pura ilusão.